Amputam perna a bebé após erro médico

02 maio, 2019 às 14:39
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Médicos do Hospital de Castellón, em Espanha, tiveram que amputar a perna de um bebé recém-nascido depois de terem cometido um erro médico. A Associação de Defesa dos Pacientes pediu a intervenção das autoridades no caso.

A Associação de Defesa dos Pacientes, em Espanha, solicitou às autoridades de Valência que investigassem um alegado caso de negligência médica que obrigou os médicos a amputarem a perna de um bebé recém-nascido, a quem foi administrado um fármaco com a validade expirada há mais de um mês e na sequência de vários erros.

De acordo com Carmen Flores, presidente daquela associação, além da perna amputada, o bebé ficou com mais de 80% de incapacidade física. No documento enviado às autoridades, Carmen anexou uma carta dos pais do bebé, a que o jornal "La Vanguardia" teve acesso e onde é descrito o drama vivido pela família.

Tudo começou às 23 semanas de gestação, quando a mulher começou a perder liquido amniótico e se dirigiu ao Hospital de Castellón. Durante o internamento, já na 24.ª semana da gravidez, a chefe da pediatria explicou à família que seria demasiado arriscado para o bebé se o parto fosse forçado naquela altura.

Os problemas de saúde continuaram e à 25.ª semana não houve outra solução além da realização de uma cesariana de urgência. O menino nasceu com 880 gramas, sem qualquer problema, e "apesar de prematuro nasceu bem". Vinte e oito dias depois de ter nascido, o bebé começou a ficar doente. Os pais foram afastados da incubadora onde o filho estava e os médicos passaram os dois dias seguintes perfurando a região femoral da criança, administrando vários medicamentos. Quando os pais finalmente foram autorizados a ver o filho, repararam que o menino tinha a perna cheia de hematomas.

"Perguntamos o que tinha acontecido e a médica disse que se tinham enganado", explicaram os pais, que deram conta de um sinal na criança que os deixou ainda mais preocupados. A perna ficou roxa, motivando mesmo a visita de um cirurgião vascular, que lhes confirmou que algo não estava bem.

"Primeiro, fomos informados que apenas iriam amputar a ponta dos dedos e depois disseram que a amputação ficaria 10 centímetros abaixo do joelho. Tudo porque ao estarem a procurar uma artéria, perfuraram uma veia, impedindo a correta irrigação da perna direita", explicaram os progenitores.

Na carta, os pais da criança dão ainda conta de que nos três meses que passaram naquele hospital repararam que os enfermeiros não tinham os cuidados de higiene obrigatórios por lei, tocando na criança sem antes desinfetar as mãos

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